Um blog em todos os sentidos, com umas coisas escritas por Leonardo Vinhas. Tudo que representa o presente e reflete o passado, sem vaticínios futuros.

Tuesday, February 17, 2009

La cruz del rock argentino (acá)

"Ah, rock argentino... Tem o Fito Paez, né?".

São frases assim que um desavisado fã de rock em espanhol - principalmente aquele feito por "nuestros rivales" - vai escutar, isso se não der de cara com cenhos franzidos e narizes torcidos.

Por n razões o Brasil não se alimenta de música em espanhol. Mesmo astros do pop mais comercial, como Juanes e Maná, fazem parte da "série B" da programação das rádios. E até o mínimo denominador comum - Shakira - é mais lembrado por suas canções em inglês. O castelhano, definitivamente, soa mal aos nossos ouvidos.

Mas a coisa talvez tenha mais a ver com desconhecimento. Os poucos nomes que tiveram alguma divulgação por aqui - Soda Stereo, Fito Paez - seguem opções estéticas que já não haviam dado muito certo por aqui. Ou alguém vai negar que o Soda parece um RPM da fase pós-Radio Pirata ao Vivo misturado com Simple Minds?

Com a escolha equivocada de "embaixadores", não é de se espantar que ninguém aqui tenha se animado com a volta dos Fabulosos Cadillacs, ou que tenha ficado alvoroçado ao saber do show conjunto dos Babasónicos com os Intoxicados (quem?) no festival Cosquín Rock (hein?).

Mas acredite, amigo... Não só tem muita coisa digna de nota, como o rock brasileiro não faria feio em se inspirar em alguns artistas de lá. OK, OK, ninguém vai sair correndo a cata de Iván Noble (procure por sua conta e risco), mas será que existe, no Brasil, uma banda com o humor dos Superheróes, que convoca o público para seus shows com cartazes onde se lê apenas "Venham, bichas"? Ou que consiga gravar um disco em homenagem ao Thelonius Monk (La Marcha del Golazo Solitario, dos Cadillacs) e, não só não soar ridículo, mas compor um clássico?

A lista poderia seguir, mas espero que a senha tenha sido dada e compreendida. E sem desmerecer gente como Novos Baianos e Walter Franco, nosso passado roqueiro tem um riff como esse aqui?

Comece a sua busca. A internet está aí para isso. E se quiser minhas dicas, me convida para um vinho y ahí hablaremos.

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Tuesday, January 15, 2008

Tchau!

Esse blogue cumpriu sua missão. O que quer que tivesse ser escrito sob a idéia de "Algumas Horas Sozinho" já foi escrito. Digamos que eu me cansei de passar tanto tempo sozinho, e agora é tempo de ir pras cabeças, as boas e as ruins. Enfim, tempo de parar com o refresco e voltar pro batente.

Obrigado a absolutamente todos que leram e comentaram ao longo desse um ano e pouquinho.

Para encerrar, deixo uma lista compilada por um conhecido do meu amigo de disfarçadas coincidências Flavio Jacobsen, que foi gentil de me enviá-la. Muitos dos itens listados aqui já estavam presentes na comunidade "Solamente acá en Foz", do meu amigo Rafa Langwinski. São retratos precisos do lugar onde morei ao longo desse tempo, o qual eu provavelmente vou deixar em breve. Mas quem quiser conhecer essas "peculiaridades" (em itálico, acréscimos meus ao compêndio), aproveita enquanto ainda tô aqui. Para os amigos, a porta sempre está aberta.

Tchau!

(A lista)

Você já viu boca-de-fumo decorada?
Uma promoção como "1 pastel=0,25 - 4 pastel=1,00"?
A janela do banheiro da sua casa fica pra dentro da sala?
Já viu briga de motorista de ônibus?
Sua cidade já abrigou o Encontro Mundial de Palhaços?
Ela faz fronteira com dois países ao mesmo tempo?
Já pediu esfiha na "Casa da Sfiha" e o árabe respondeu que não tem?
Já viu três acidentes de trânsito em menos de 24 horas?
A padaria de sua cidade não fatia frios?
Participa de um projeto de erradicação do emprego informal sem carteira assinada?
Sua cidade realiza todos os anos um evento (FENARTEC) no qual o espetinho é o "prato" típico de todas as colônias?
Sua cidade entende que a palavra "laranja" alem de fruta é também uma profissão?
[detalhe: uma amiga que trabalha em um banco pegou uma ficha preenchida por um pretendente a cliente em que no campo "profissão", o camarada escreveu "auxiliar de ponte (laranja)]
Os hotéis de sua cidade tem cadeados nas portas e caixas de cigarro nos quartos ao invés de cama?
Então, você está em Foz do Iguaçu!

A placa de trânsito existente antes do trevo da Argentina está invertida, onde diz "Cataratas" a figura é de uma cama e onde diz "albergue" a figura é de uma cachoeira!

No Paraguai os funcionários ganham folga para ver o jogo da seleção brasileira, enquanto quando a seleção paraguaia tem jogo.. todos trabalham normalmente.

Você termina aquele jogo de futebol, dirige-se ao boteco em frente à quadra de esportes e pede uma cerveja, só pra ouvir do "turco" atrás do balcão "non dem zerveja". E quando, indignado, você pergunta: "Como não tem cerveja?! Onde já se viu no Brasil um bar sem cerveja?!", ouve a resposta: "Bar da Faisal é só bra Brimo e bra brasilero gue non bebe zerveja"...
(E também aqui tem bar evangélico que não vende cigarro... mas vende cachaça, vodca e cerveja. E também tem a única PADARIA E LOCADORA do mundo... Vivo ansioso pela promoção "Pegue dois lançamentos em DVD e leve 06 pãezinhos de brinde!")

Só aqui em Foz vocês anda com 4 tipos de moeda na carteira e todas elas valem no supermercado do teu bairro.

Só na fronteira você recebe uma conta que supera o valor de 160 mil (guaranis, a moeda paraguaia). Olha de novo e vê que era somente 76 reais.

Aqui você desvia de dezenas de baratas enquanto caminha.
Pede caipirinha e o garçom perguntou se é aquela batida que vai limão.
Usa identidade do teu amigo para entrar no país vizinho.
Mora em um lugar onde morrem 32 pessoas durante os 28 dias de fevereiro.

Enfim, só aqui você vê mensagem religiosa em mandarim!!

Uma conhecida panificadora e confeitaria da Avenida JK, há bem pouco tempo atrás, estava com um banner pendurado bem ao lado da porta, que anunciava, com apetitosas fotos de sanduíches à moda francesa, "DELICIOSAS BAGUETES".Só que a fonte que eles utilizaram, péssima por sinal, fazia com que o "a" parecesse com "o" e o "g" parecesse com "q".Resultado: quem passava na frente, se rachava de rir (ou não), ao ver o cartaz que anunciava "DELICIOSOS BOQUETES"

(Aqui também tem a única "Padaria & Locadora" que eu conheço, a Tutty Pane. Deve ter promoções do tipo "leve 10 pãezinhos e ganhe uma locação catálogo")

Outro dia um camarada estava no ônibus Conjunto C Norte, quando a locutora da Mundial FM anunciou uma música "para todo mundo que está aí ligadinho na Mundi,no pavilhão branco da penitenciária estadual de Foz do Iguaçu... também para os meus amigos aí do cadeião de Três Lagoas, essa vai pra vocês!"Anunciando música pra bandido e chamando de amigo.

Solamente acá en Foz o Rei do Fumo (Rua Almirante Barroso, próximo ao Hotel Internacional) é especialista em bombas, cuias e ervas, ao invés de charutos, cigarros e cachimbos...

Solamente acá posso trocar um radiador velho que tenho no quintal por 11 bolas de sorvete no Carro do Sorvete! O sorvete é uma merda, mas se você tiver um radiador velho no quintal, um motor de geladeira, uma garrafa de cerveja, não hesite em trocar.

Só aqui em Foz mesmo que a gente encontra prostituta fazendo ponto sentada numa cadeirinha, de perninha cruzada, na maior pose... (Cruzamento da República Argentina com a Paraná) Eu só queria saber o que é que ela faz com a cadeira quando pinta um programa.

Teve o evento dos tijolos também... Todos os representantes dos fabricantes de tijolos do país decidiram reunir-se para padronizar o tamanho dos tijolos produzidos Brasil afora... Adivinha onde foi esse encontro? Solamente acá em Foz!

"Se maconha fosse munição e maconheiro fosse fusil, em uma guerra Foz defenderia o Brasil". ("Foz é a Jamaica", me disseram ao chegar aqui).

Essa nos foi contada pelo nosso amigo Marcelão (vulgo "Barney"). O Hospital em que ele trabalhava comprava carne de um mercado que, apesar de pequeno, consegue fazer promoções com preços muito abaixo das grandes redes presentes na cidade. Certa feita, ao degustar um suculento cozido da tal carne, nosso amigo depara-se com uma bala calibre 38 em meio ao naco que acabara de morder... Explicado o precinho camarada...

Solamente acá en Foz...

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Tuesday, December 18, 2007

Aforismo... e férias!

Tem uma hora em que você cria um mirante dentro de si próprio. Você sabe, dos mirantes você vê tudo ao redor, mas não o exato lugar onde você está. E assim me fiz, olhando para as coisas que criei e para as outras que só posso viver.

=*=

E assim encerra-se mais um ano de atividades nesse blogue, que sai de férias por tempo indeterminado. Obrigado e até!

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Friday, December 14, 2007

"El Señor", La Vela Puerca

Uruguaios que se dizem influenciados por Titãs e Los Hermanos, mas ouça essa canção e diga: há quanto tempo que Paulo Miklos e seus sócios, perdão, amigos não fazem uma canção assim?
Simples, forte e com os metais sublinhando as guitarras. Música mainstream, sim. E isso importa nesse caso?

"No Pussy Blues"

Matyn P. Casey mostrando como quatro cordas podem transpirar (e inspirar ao) sexo. Na voz, Jorge Jordão (ou seria o Nick Cave?) punindo o feminismo com sinceridade de urgência hormonal e outros demônios passeando pelo ar.

Mas só uma pergunta: quem é o Baeto Salu na guitarra?

Gracías, André!

Tuesday, December 11, 2007

Contas a acertar

"O escritor publica seus livros para se livrar deles", Jorge Luis Borges.


Chega uma hora em que você se dá conta que, se morresse agora, não faria sentido tentar acertar algumas contas – pelo menos, é o que me passa agora pela cabeça. Não teria por quê voltar atrás, recapitulando minha vida e tentando encontrar sentido no que se deu, porque o que houve pertence ao passado e ali deve ficar, e depois que eu morrer, esse passado começará a se integrar ao esquecimento até desaparecer por completo.
Somos finitos, falhos e passíveis de arrependimento, e o máximo que isso nos rende é a chance e a vontade de não cometer o mesmo erro novamente. E apenas isso. A vida não tem botão de rewind, e as lembranças são ilusões que escolhemos aceitar para tornar nossas recordações mais palatáveis à nossa índole. Mas o que faz a diferença sempre é, desculpem-me o clichê, aqui e agora. A vida não tem reprises, e nem sempre a primeira sessão foi boa. Mas continuamos indo ao cinema à espera de um bom filme.
E se tudo parasse agora, se amanhã realmente não fosse chegar, não faria sentido telefonar para parentes, amigos, tentar celebrar mais uma vez, porque se não fiz nada disso até agora, não será no último momento que vou conseguir. Também acho tola (e muito humana) essa idéia de procurar acertar animosidades no último minuto, mas se optei por manter distância de alguém, não é a iminência da morte que vai redimir esse erro. Tive a chance de me acertar com meus desafetos, e se não o fiz (e não fiz mesmo, infelizmente), a oportunidade já passou e ficou em nunca mais. Os amores também foram, e contrariando os românticos, posso dizer que não ficaram. Ficam mágoas, recordações e impressões, mas o que foi vivido, morto está.
Nós morreremos, e não gostamos de pensar nisso. Alguns até lidam bem com a idéia da própria morte, mas temem em pensar no falecimento dos outros. A idéia da eternidade, porém, é tão ou mais torturante quanto. O que ficar fazendo quando se tem todo o tempo do mundo? Felizmente, não precisaremos descobrir a resposta para essa pergunta.
Então o tempo se esgota. O meu, esgotado hoje, me deixa com a certeza que vivi de acordo com minhas convicções, o que, honestamente, não é grande coisa. Os homens-bomba, os fanáticos religiosos, os assassinos todos vivem segundo suas convicções, e eu não sou melhor que eles só porque não amarro um cinturão de explosivos em volta do corpo ou rasgo minhas pregas vocais num púlpito. Podemos ser terrivelmente cruéis ou consternadoramente doces, e frequentemente nos confundimos quanto à hora de sê-lo. Mas, de alguma maneira, morrer hoje me deixa apático. Não há o que resolver, não há nada por fazer. Acho que isso me faz bem, de uma forma insidiosa e soberba. O que mostra que até na iminência da morte preservamos nossas características mais chulas.

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O Evangelho segundo Jesus Cristo


A peremptória recomendação de meu mui comentado amigo Boi e a gentil disposição de minha amiga Lesliane fizeram com que O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago, fosse colocado à apreciação do meu parco entendimento. Desde então, os dias têm sido outros.
Saramago é detalhista para aquilo que é humano. Ele não gasta muito com descrições de paragens, embora o faça bem, mas é minucioso quanto a odores, sensações táteis, sons, visões, detalhes físicos, a tudo que os homens podem perceber. A partir daí, ele especula e constrói sobre o que os homens podem inferir baseados nisso. Essa construção já tinha me encantado, enternecido e também me assustado em Ensaio sobre a cegueira, onde a privação de um sentido leva a humanidade à extirpação de muitas de suas virtudes e valores, uma vez que a enorme maioria destes são baseados nas aparências. Foi uma leitura que me preparou o espírito (ironia involuntária, mas bem-vinda) para este Evangelho. Aqui, Saramago faz o mesmo processo, só que seus personagens são conhecidos nossos: a Sagrada Família. Talvez não tão conhecida assim, já que aqui Jesus tem, de fato, irmãos, conforme atestam os demais evangelhos sinóticos (para não falar dos apócrifos) e cuja existência sempre foi justificada por clérigos como “erro de tradução”.
Entretanto, erra feio quem julga (como eu julgava há uns dez anos atrás) que Saramago brinca de jogar pedras na cruz, apelando para o choque fácil ao mexer com símbolos sagrados. O que eu tenho lido até aqui (recém concluí a primeira metade de suas 448 páginas) traz um exercício de imaginação sobre o que teriam experimentado em seus íntimos os protagonistas de tão famosa história. Isso somado a um grande esforço de historiador, que reconstitui meios e métodos da época para contar a história sem deixar que nossa memória nos bombardeie com todas as relíquias imagéticas que formamos ao longo dos anos. Pensamos que José e Maria se punham aos carinhos e amores, mas fato é que naquele tempo às mulheres não se permitia sequer sentar-se à mesa em companhia do marido, quanto mais trocar arroubos afetuosos. Como essas, outras desconstruções se seguem, criando um Jesus tão homem quanto qualquer outro, tão egoísta quando adolescente quanto os adolescentes o são, tão apaixonado quanto os jovens costumam ser, para o bem ou para o mal.
Lúcifer não deixa de ser aquele que nos desvia dos intentos do Senhor, porém o faz para que Ele entenda que de nós não pode cobrar aquilo que não nos dá. As incoerências da Lei Divina – e dos atos humanos a ela ligados, que atravessaram os séculos e até hoje perduram ~ são escrutinados, desvelados e colocados diante dos olhos dos que querem e não querem ver. Imagino como deva ser penosa ou afrontante a leitura deste livro para quem não cede um milímetro em suas convicções doutrinárias
Acredito que Saramago deva ter escrito o livro sem levar essas considerações (muito) a fundo. Interessa-o aqui a história, os homens que a fizeram (ou que foram inventados para fazê-la) e as bobagens que se sustentam em nome dela. Também há, em mesma ou maior proporção, a beleza que emana daquilo que transcende uma mera consciência virtuosa da cristandade e que é na verdade o ser humano crendo em sua capacidade – e na mais absoluta necessidade – de ser solidário, sem que isso venha do Céu. É algo que parte de nós mesmos, e só de nós deveríamos esperar que partisse.

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Saturday, December 08, 2007

The Police

Baura, vinho e sakê podem estar influenciando meu julgamento, mas estou diante do show do The Police e... bem, estou diante do Multishow exibindo o Police no Maracanã, mas você deve ter entendido (e se não entendeu, não estou em condições magnânimas de me importar. So lonely). Todo mundo sabe que sempre fui contra "shows de retorno", meras armações comerciais soterradas sob ares de "inspiração artística". Bandas indiealternativas voltando, em especial, me enchem de asco, mas cá estou, embasbacado diante de Sting, Copeland e Summers.

O que acontece? Acontece um power trio, três caras tocando (os poppers que me desculpem, mas estão tocando rock'n'roll - misturado com reggae pasteurizado, ritmos africanos para consumo em massa, mas sim, rock'n'roll) três caras que se dispuseram a ir além do óbvio. Tá, eles só tocaram sucessos e são coisas que poderíamos vagamente classificar como "eternas", não tem rico nenhum disso. Mas eles não precisavam estender "Roxanne" numa dub incrivelmente enfumaçada, não precisavam acelerar o andamento de "Every Breath You Take" ao ponto de virar uma coda. Poidam ter sessões de metais, teclados, backup singers e tudo o mais que tornam ridículas múmias anacrônicas como The Who, Rolling Stones e outros. Podiam bem ser um Stooges, dando o mínimo de um show business necessário para jmenter seu status de Hollywood stars. Podiam - porra - fazer um show óbvio e modorrento, mas eu, mísero e verborrágico viandante fronteiriço, estou sem palavras diante de uma banda que reinventa seus hits óbvios e, ao mesmo tempo, preserva exatamente aquilo que os fãs querem ver.

Eu tinha uma namorada indie que se surpreendia com meus discos do Living Colour, com meu hábito de ir para a praia escutando Paralamas e, principalmente, com minha discografia integral do Police. Não cabia em sua cabeça alimentada por idas à Outs e Funhouse. Compreendo a dúvida dela. E hoje, mais que antes, me apiedo dela.

What can I do? All I want is to be next to you.

Me capitulo. Valeu, Police! Pela TV e tudo, não foi emoção comprada. Foi emoção. Só.

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Friday, December 07, 2007

Amigo sexcreto

Atendendo ao pedido do Túlio (blog com atendimento ao leitor é o que há), contrariei minha disposição inicial de nem folhear a revista e fui olhar o artigo “Amigo sexcreto”, da Nova. Duas sugestões que eu encontrei lá, transcritas integralmente. Os comentários em itálico são meus.

SINO DE NATAL
Em vez de pendurá-lo no topo da árvore, você vai exibi-lo bem na sua púbis. Como? Lance mão da depilação artística (mas até isso tem “versão artística”?), tingindo os pêlos com hena natural no tom vermelho e pedindo à moça do salão que siga o molde que levar de casa (além do sino, uma caixa de presentes ou um boneco de neve também ficam originais). Se finalizar a obra com pedras de strass, o resultado deixará o seu amor extasiado

E eu tenho cara de quem quer foder árvore de Natal?

POSIÇÃO DE RENA

Enquanto os sinos badalam lá fora, que tal propor ao seu querido experimentarem a posição de rena? Requer que ele a segure pela nuca e pé (puta que o pariu! É para brincar de sanfona?), igual a um caveliro montando em pêlo, só que agarrando-se a uma rena em alta velocidade (digite no YouTube ‘rena correndo’. Quem sabe você dá sorte). Com você deitada de costas, convide-o a se ajoelhar entre as suas pernas tendo as coxas sob seu bumbum. Você dobra os joelhos para prende-lo com as suas coxas e deixa os pés próximos aos dele. Depois de penetrá-la, o rapaz (que também deve ser um contorcionista) a segura na nuca com uma das mãos, puxa seu pé ou seu tornozelo para perto com a outra e começa a investir mais e mais. Jingle bells.

E depois, você se vira em direção à Meca com a rótula apontada para onde ficava Cafarnaum enquanto ele se benze com um ramo de arruda e dois talinhos de hortelã. Você dá um mortal de costas e cai sobre os ombros dele. Alguém chama o SIATE.


Não deu para ler as outras “dicas”. Simplesmente não consegui. Pede pra alguém te mandar a revista, Tulio.

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